| Diretor da Biblioteca de Alexandria | |
|---|---|
| Phalère Demetrios Apolônio de Rodes |
| Aniversário |
Em direção a 330 AC J.-C. Éfeso |
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| Morte | Em direção a 260 AC J.-C. |
| Nome na língua nativa | Ζηνόδοτος |
| Tempo | Período helenístico |
| Atividades | Bibliotecário , escritor , poeta , epigramatista , tutor, editor |
| Mestre | Philetas |
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Zénodotus , em grego antigo Ζηνόδοτος / Zênódotos ( 330 - 260 aC ) é um gramático alexandrino.
Nascido em Éfeso, ele foi o primeiro bibliotecário da Biblioteca de Alexandria . Ptolomeu II Filadelfo utilizou seus serviços, bem como os de Alexandre, o etólio, e Licofron de Cálcis para desenvolver edições críticas dos grandes poetas gregos. Enquanto seus colegas se encarregam das tragédias e das comédias respectivamente , Zénodotus aborda a obra de Homero . Ele publica uma recensão , bem como um glossário da Ilíada e da Odisséia , e rejeita os hinos homéricos como sendo posteriores.
Sua edição dos textos, a primeira das edições críticas homéricas, redigiu certas linhas, marcou outras como sendo interpolações e corrigiu algumas consideradas falhas. Zénodotus depende fortemente de critérios de consistência interna. Mais do que um grammatikôs (γραμματικός) , é colocado entre os primeiros diorthote, ou seja, corretores, graças à sua importante produção de edições críticas de textos homéricos.
Na canção XI de A Ilíada , Ajax filho de Telamon é sucessivamente comparado a um leão expulso de um estábulo por camponeses, em seguida, para um burro espancado por crianças para fazê-lo avançar. Julgando a série de comparações irracional, Zénodotus considera a segunda como uma interpolação. Diz-se das linhas riscadas por Zénodotus e seu discípulo Aristarco da Samotrácia que elas são “atetizadas”, literalmente “recusadas”.
Essa visão das coisas o opõe radicalmente ao modo de pensar da "biblioteca rival" de Pérgamo . Se os alexandrinos rastrearam todas as alterações em potencial, os pergameses de forma alguma procuraram produzir uma edição crítica de uma obra, mas muito mais compreender o significado profundo que uma estranheza poderia ocultar no texto. Assim, Zenódoto de Éfeso não hesita em juiz como falsas as cem linhas descrevendo o escudo de Aquiles na canção XIII de A Ilíada . Por outro lado, Crates de Mallos , eminente representante da biblioteca de Pergamon , vê nesta longa descrição uma alegoria dos dez círculos celestes.
La Souda fala de Zénodotus nestes termos:
"Zenódoto de Éfeso Éfeso: poeta épico e gramático, um aluno de Philitas , viveu sob Ptolomeu I . Autor da primeira edição crítica dos poemas homéricos, dirigiu as bibliotecas de Alexandria e foi tutor dos filhos de Ptolomeu. "
As fontes não nos permitem dizer com certeza que Zenodotus seja realmente o autor de versos épicos.
Zenodotus foi o pioneiro em uma nova maneira de estudar os clássicos gregos. Seus discípulos Aristarco de Samotrácia e Aristófanes de Bizâncio então concluem sua obra. Apesar disso, eles foram posteriormente objeto de certo desprezo por parte de escritores posteriores. Lucian , escritor da II ª século , narra ver Homer em um sonho em seu livro Histórias verdadeiras e perguntar:
“Eu perguntaria a ele sobre os versos ateus se ele os tivesse escrito, e ele responderia que eram todos dele. Por isso, condenei os discursos pedantes dos gramáticos Zénodotus e Aristarchus. "
- (traduzido por Marcel Caster)
A abordagem filológica do Zenodotus para estabelecer um texto sem interpolação não está claramente definida. O historiador helenista Marchinus van der Valk pôde considerar que Zenódoto separou o joio do trigo por seu único julgamento, inteiramente subjetivo. O filólogo alemão Klaus Nickau retruca que Zenódoto teria sido perfeitamente capaz de analisar e compreender Homero e a tradição homérica, para tirar conclusões lógicas e imparciais.