Robinson Crusoe

Robinson Crusoe é um romance de aventura em inglês para Daniel Defoe , publicado em 1719 . A história é vagamente inspirada na vida de Alexandre Selkirk . Escrito na primeira pessoa, o enredo principal do romance se passa em uma ilha deserta da foz do Orinoco , perto da costa venezuelana , onde Robinson, após naufrágio, viveu por 28 anos. Durante sua estada, ele conheceu um "selvagem" a quem ligou na sexta-feira. Os dois companheiros viveram juntos por vários anos antes de poderem deixar a ilha .

O romance

É um dos primeiros romances de aventura , senão o primeiro, escrito em inglês. Teve muito sucesso quando foi publicado. Alguns, como Jean-Jacques Rousseau , consideraram-no um livro educacional. Ainda hoje é um grande clássico da literatura .

Título completo

O título completo da obra, traduzido para o francês, é "A Vida e as Estranhas e Surpreendentes Aventuras de Robinson Crusoe de York , marinheiro , que viveu 28 anos em uma ilha deserta na costa da América , perto da foz do grande Orinoco River , na sequência de um naufrágio em que morreram todos menos ele, e como foi entregue de uma forma igualmente estranha por piratas . Escrito por ele mesmo ” .

Sumário da história

Em 1651, Robinson Crusoe deixou York , na Inglaterra , contra a vontade de seus pais, que queriam que ele se tornasse advogado, para velejar. O navio é abordado por piratas de Salé e Crusoé torna-se escravo de um mouro . Ele consegue escapar em um barco e deve sua salvação apenas a um navio português que passa pela costa oeste da África . Chegado ao Brasil , Crusoé torna-se dono de uma plantação graças ao material que estava no barco.

Em 1659, quando tinha 28 anos, integrou uma expedição em busca de escravos africanos, mas após uma tempestade naufragou em uma ilha na foz do rio Orinoco, na Venezuela . Tendo morrido todos os seus companheiros, ele consegue recuperar armas e ferramentas dos destroços . Ele faz a descoberta de uma caverna. Ele constrói uma casa e faz um calendário fazendo entalhes em um pedaço de madeira. Ele caça e cultiva trigo. Ele aprendeu a fazer cerâmica e a criar cabras. Ele lê a Bíblia e não carece de nada, exceto a companhia de homens.

Ele percebe que a ilha que chamou de " Ilha do Desespero ", que significa "ilha do desespero", recebe periodicamente a visita de canibais, que vêm matar e comer seus prisioneiros. Crusoé, que considera seu comportamento abominável, pensa em exterminá-los, mas percebe que não tem esse direito, pois os canibais não o atacaram e não sabem que seu ato é criminoso. Ele sonha em proteger um ou dois servos libertando prisioneiros e, de fato, quando um deles consegue escapar, eles se tornam amigos. Crusoe chama seu companheiro de "sexta-feira", o dia da semana em que ele apareceu. Ele lhe ensinou inglês e o converteu ao cristianismo .

28 anos após sua chegada à ilha, chega um navio inglês; um motim acaba de estourar e os rebeldes querem abandonar seu capitão na ilha. O capitão e Crusoé conseguem levar o navio de volta e voltar para a Inglaterra com Friday, que sempre será um servo dedicado. Sua plantação era bem mantida e ele enriqueceu. Ele viaja para a Espanha e França , onde é atacado por lobos nos Pirineus . Ele vende sua plantação para não ter que se converter ao catolicismo e retorna à Inglaterra para encontrar sua esposa e filhos.

Traduções

A primeira tradução francesa foi publicada em 1720, em Amsterdã. É feito por Thémiseul de Saint-Hyacinthe e Justus Van Effen, e ilustrado com gravuras segundo Bernard Picart.

A tradução mais famosa de Robinson Crusoe Defoe em francês é que fez pelo poeta e escritor romântico frenética Petrus Borel na XIX th século.

Uma nova versão foi lançada em 2012, tradução de Françoise Du Sorbier (Albin Michel)

Personagens

Robinson Crusoe: personagem fictício criado por Defoe. Ele nasceu em York em 1632, filho de pai de Bremen e mãe da família Robinson, uma das melhores da província, daí seu duplo nome de Robinson-Kreutznaer. Defoe nos explica que por uma corrupção de palavras, bastante comum na Inglaterra , esse nome se tornou Robinson Crusoe. Terceiro filho da família, seu pai queria torná-lo advogado. Mas o desejo de Robinson era ir para o mar. Apesar da proibição de seus pais, ele partiu em um barco para Londres em1 r setembro 1651. Durante esta primeira navegação, o barco foi pego por uma terrível tempestade e afundou. Finalmente chegou a Londres, conheceu um capitão com quem partiu para a costa da Guiné . Capturado por corsários de Salé , foi reduzido à escravidão . Ele escapou, após dois anos de cativeiro, e após uma longa navegação chegou à Baía de Todos os Santos, no Brasil . Ele se tornou um fazendeiro de tabaco lá. Ao final de quatro anos, associado a outros fazendeiros, partiu em um navio para obter escravos . Após doze dias de navegação, ele estava completamente desorientado por um furacão . O navio naufragou perto de uma ilha nas proximidades do Orinoco . Este é o início de seu longo isolamento. Na aparência, Robinson era ruivo, bastante alto, vestido com roupas rasgadas após o naufrágio. Ele era bastante escuro, mas não preto, e tinha cabelos na altura dos ombros. Sua leitura da Bíblia , sua atenção aos sinais da providência, sua religião pessoal expressam o protestantismo de seu autor e de seu tempo.
Sexta-feira: jovem canibal nativo. A descrição dada no romance de Defoe é a seguinte (trad. Saint-Hyacinthe): "Ele era um menino alto e bonito, esguio e bem constituído, e para minha estima tinha cerca de vinte e seis anos." Ele tinha um bom comportamento, nem arrogante nem feroz, e algo muito masculino em seu rosto; no entanto, ele também tinha toda a expressão suave e flácida de um europeu, especialmente quando sorria. Seu cabelo era longo e preto, e não crespo como lã. Sua testa era alta e larga, seus olhos brilhantes e ferozes. Sua tez não era negra, mas muito morena, sem, no entanto, ter nada daquele tom amarelado, acobreado e nauseante dos brasileiros, virginianos e outros nativos da América; em vez disso, aproximou-se de uma leve cor oliva escura, mais agradável em si do que fácil de descrever. Tinha o rosto redondo e rechonchudo, nariz pequeno e não achatado como o dos negros, boca bonita, lábios finos, dentes finos, bonitos e brancos como o marfim. "
Ishmael.
Josué, o inimigo de Ismael.
Xury: ex-escravo que consegue escapar graças à ajuda de seu amigo Robinson Crusoe; ele decide acompanhar seu mestre ao Brasil. Depois, será vendido por este último.

O romance de Defoe foi adaptado para o cinema e a televisão muitas vezes; Isso inclui um filme de TV , uma série de TV iniciada em 2008 e, até o momento em produção, uma série de animação ( Robinson Sucroë ), uma versão modernizada chamada Alone in the World , uma versão soviética de Stanislav Govoroukhine em 1973 ( Жизнь и удивительные приключенуробоо ) um filme de Luis Buñuel , As Aventuras de Robinson Crusoé .

Cinema

1902 : As Aventuras de Robinson Crusoe , filme mudo francês dirigido por Georges Méliès
1947 : Robinson Crusoe , filme soviético dirigido por Alexander N. Andreievsky
1950 : Le Naufragé du Pacifique ( Il naufrago del Pacifico ), filme italiano dirigido por Jeff Musso
1954 : As Aventuras de Robinson Crusoe ( Robinson Crusoe ), filme mexicano dirigido por Luis Buñuel
1964 : Robinson Crusoe on Mars ( Robinson Crusoe on Mars ), filme americano dirigido por Byron Haskin
1970 : Robinson Crusoe , filme mexicano dirigido por René Cardona Jr.
1973 : Jizn 'i udivitel'nye priklioutcheniïa Robinzona Krouzo , filme soviético dirigido por Stanislav Govoroukhine
1975 : The Master's Island ( Man Friday ), filme americano- britânico dirigido por Jack Gold
1981 : Dobrodruzstvi Robinsona Crusoe, Namornika z Yorku , filme tcheco dirigido por Stanislav Latal
1988 : Crusoe , filme americano-britânico dirigido por Caleb Deschanel , com Aidan Quinn
1997 : Robinson Crusoe , filme americano dirigido por George Miller , Rod Hardy , com Pierce Brosnan e William Takaku
1999 : A Ilha de Robinson Crusoe ( La isla de Robinson Crusoe ), filme chileno dirigido por Patricio Guzmán
2016 : Robinson Crusoé , Franco - filme belga dirigido por Vincent Kesteloot e Ben Stassen

Televisão e rádio

Filmes de tv

1974 : Robinson Crusoe , filme para a TV britânica dirigido por James MacTaggart com Stanley Baker
2003 : Robinson Crusoé , filme para a TV canadense-britânica-francesa dirigido por Thierry Chabert , com Pierre Richard

programas de televisão

1960 : As Aventuras de Robinson Crusoe , série de televisão franco-germânica, dirigida por Jean Sacha , com Robert Hoffmann no papel-título
2008 : Crusoe , série de televisão americana - britânica - canadense criada por Stephen Gallagher , com Philip Winchester no papel-título

Animação

1972 : Robinson Crusoe , filme de animação australiano dirigido por Leif Gram

Documentário

2001 : Le Vrai Robinson Crusoé, 2.000 anos de história - France Inter por Yvan Matagon

Histórias em quadrinhos

Existem duas adaptações de quadrinhos :

Robinson Crusoé , de Christophe Gaultier em Delcourt (2 volumes);
Robinson Crusoé , de Christophe Lemoine e Jean-Christophe Vergne em Glénat .

Livro de disco

Robinson Crusoe , o livro dos recordes. Contada por Claude Rich e Hassan Kouyaté , Frémeaux et Associés 2002, música de André Serre-Milan . Prêmio da Academia Charles-Cros 2003.

Ópera cômica

Jacques Offenbach adaptado Robinson Crusoé como um Opéra-Comique em 1867

Robinsonnades

Desde a sua publicação, a obra de Defoe nunca deixou de originar novas variações sobre o tema, ou robinsonnades . Entre os mais representativos, The Swiss Robinson, de Johann David Wyss (1812), The Mysterious Island, de Júlio Verne (1874), ou Sua Majestade das Moscas, de William Golding (1954).

Outros autores também reescreveram a obra, modificando a história e os problemas que ela oferece:

Michel Tournier :
- Friday or Pacific Limbs (1967), após o sucesso do qual seu autor decide escrever outra versão,
- Friday or Wild Life (1971), destinado a um público mais jovem
JM Coetzee , Foe , romance (1986)
Patrick Chamoiseau : L'Empreinte à Crusoé , 2012
Michael Morpurgo, The Kingdom of Kensuké, Luçon , Paris, Gallimard Youth Editions, 2007 (para a tradução francesa), 70 p.
Jacques Van Green, Vamos morar em uma ilha deserta , Paris, edições Gallimard Jeunesse, 2013, 157 p.
Nikolaus Heidelbach, La Reine Gisèle , Paris, Éditions du Panama, 2006.
Hubert Ben Kemoun e Stéphane Girel, Le Ventre de la Chose , Paris, edições Vilo jeunesse, col. “Favorito”, 2007, 32 p.
Éric Fougère, The Voyages and the Anchorage: Representation of the Island Space in the Classical Age and the Enlightenment (1615-1797) , Paris, l'Harmattan, 2000
Sigmund Freud , Totem et Tabou (1913), Paris, Payot, 2004
René Girard , La Violence et le Sacré , Paris, Fayard, col. "Plural", 2011
Mircea Eliade , Aspects du myth , Paris, Gallimard, col. “Folio. Testando " n o 100 1988
Coletivo, “Robinson, Robin Hood e o Mundo das Coisas”, Estudos Franceses , edição preparada por Jacques Dubois e Lise Gauvin, vol. 35, n ° 1, 1999, 166 p. ( http://revue-etudesfrancaises.umontreal.ca/volume-35-numero-1/ )

Outros náufragos

Diz-se que Robinson Crusoe se inspirou na história do marinheiro escocês Alexander Selkirk, que sobreviveu quatro anos em uma ilha deserta.

Existem outras histórias ou lendas sobre náufragos solitários. Por exemplo, segundo Laura Secord , o náufrago Pedro Serrano , foi encontrado após sete anos de solidão.

Inspiração

A história de Robinson Crusoe também inspirou o filme Alone in the World (2000), dirigido por Robert Zemeckis , contando a história de Chuck Noland ( Tom Hanks ), um executivo da empresa FedEx que ficou preso em uma ilha após sobreviver a um acidente de avião e ficou lá por quatro anos.

Notas e referências

A primeira tradução francesa apareceu em Amsterdã em 1720.
" Robinson Crusoe, hero of Jean-Jacques Rousseau " , no Tribune de Genève ,17 de agosto de 2017
Ribas, Joseph [1995]. Robinson Crusoe nos Pirenéus. Edições Loubatières. ISBN 2-86266-235-6 .
Texto completo , tradução de Pétrus Borel , em ebooks gratuitos e gratuitos.
Robinson Crusoe. enriquecido com A vida de Daniel de Foé. um aviso sobre o marinheiro Selkirk, em Saint-Hyacinthe, na ilha de Juan-Fernandez, no Caribe e Puelches. e uma Dissertação Religiosa. por Daniel de Foé; trad. por Petrus Borelpar Tomo I e II lidos online na Gallica .
Bernard Reymond , " Robinson Crusoe, a myth " , em www.evangile-et-liberte.net ,Fevereiro de 2006(acessado em 9 de dezembro de 2020 )
Robinzona Kruzo .
http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http://www.charlescros.org/pdf/palmares2003.pdf

Veja também

links externos

(fr) Yvan Matagon, La Vraie Histoire d'Alexandre Selkirk, programa 2000 Years of History - France Inter, 2001
(pt) Uma análise do livro de Daniel Defoe
(pt) Um resumo completo das Aventuras de Robinson Crusoe
(pt) Robinson Crusoe (Londres, W. Taylor, 1719) , texto da primeira edição, gratuito em Éditions Marteau
Danielle Dubois Marcoin, em uma intervenção de 25 de janeiro de 2008 intitulado "Robin Hood para a Juventude e a Questão da Alteridade no Século XIX", artigo disponível online
Gérard Genette , Palimpsestes , Paris, edições du Seuil, 1982, p.287
Florence Thinard, Ainda feliz porque o tempo estava bom , edições Thierry Magnier, 2012, p. 36
Anne Leclaire Halte, Les robinsonnades na literatura infantil contemporânea: gênero e valores, ver bibliografia p.72)
Michael Morpurgo, The Mystery of Lucy Lost, edições Gallimard Jeunesse, 2015, p. 354-355
Edgar Morin , em La Voie. Para o futuro da humanidade, Paris, Fayard, 2011, p. 307
Anaxagora , fragmento 17 retirado de um tratado intitulado De la nature (edição online, ver url: http://remacle.org/bloodwolf/philosophes/anaxagore/fragments.htm).
Daniel Defoe, Estranha e surpreendente vida e aventuras de Robinson Crusoe de York, marinheiro (1719), Librairie Générale Française, 2003
Florence Gérard Lojacono, “Um invariante da robinsonnade ontológica: a figura do predecessor ”, artigo disponível online, (http://revistas.ucm.es/index.php/THEL/article/viewFile/36768/35600), 2009 REGRA Niurka, " A história das aventuras e do pensamento selvagem" , intervenção para a conferência "Relações entre a literatura infantil e a literatura geral", disponível online SCHAEFFER Jean-Marie, * O que é um gênero literário? , Paris, Seuil, 1989
Jean-Jacques Rousseau , Émile ou De education (1762), Paris, Garnier Flammarion, 1966
Registros de autoridade :